O Ganso Dourado

Há muitos, muitos anos, havia uma família de camponeses que vivia numa humilde casa junto a uma enorme floresta.
O casal tinha três filhos muito trabalhadores e respeitadores. No entanto, o mais novo, era muito distraído e atabalhoado e todos o conheciam por JOÃO TRAPALHÃO.
Certo dia, muito gélido de Inverno, a mãe pediu ao filho mais velho que fosse à floresta buscar lenha. Obediente, o filho partiu depois de levar uma pequena merenda feita pela mãe. Ali, junto da árvore que pensou derrubar, estava um gnomo cheio de fome e, que muito delicadamente, lhe pediu um pouco de comida. O rapaz era muito egoísta e recusou-se a partilhar dizendo:
- É pequena a minha refeição. Não posso dar-te nada.
O rapaz foi castigado pelo gnomo, que afinal era um mágico, não conseguiu partir a árvore e o machado partiu-se. Desgostoso, foi para casa.
No dia seguinte, o segundo filho partiu para a floresta com um serrote enorme, dizendo:
- Eu cortarei a árvore!
Também ele encontrou o gnomo, que lhe pediu igualmente parte da sua refeição. Mas o filho do meio retorquiu:
- Se te der parte da minha merenda ficarei sem nada para mim, vai-te embora!
Não demorou a receber o castigo, o serrote partiu-se mal ele deu uns golpes na árvore.
O João Trapalhão pede ao pai:
- Pai, deixe-me ir à floresta buscar lenha.
- Os teus irmãos foram e nada trouxeram. Todos sabemos que és o mais desajeitado, como vais trazer a lenha?
Mas João insistiu tanto que o pai resolveu deixá-lo ir. A mãe fez a merenda e o João foi.
Ao chegar à floresta, apareceu-lhe o mesmo gnomo, que o cumprimentou e disse:
- Dá-me um pedaço da tua merenda!
Sem hesitar, diz-lhe o João:
- Senta-te e come comigo.
Quando terminaram de comer e beber juntos, o gnomo disse:
- Como tens um bom coração, dar-te-ei sorte. Ali está uma árvore velha. Corta-a. Entre as suas raízes encontrarás um presente valioso. Vai para a cidade onde o teu futuro vais encontrar.

O rapaz dirigiu-se então à árvore e cortou-a. Encontrou, entre as suas raízes, um ganso com penas de ouro. Pegou nele e levou-o consigo para uma estalagem, onde tencionava passar a noite. A estalagem era de três irmãs. A mais velha, ao ver o ganso, ficou cheia de curiosidade em saber porque é que tinha penas douradas. Ela pensou:”Hei-de arrancar-lhe uma pena.” E assim que o João o deixou sozinho por um momento, pegou no ganso pela asa, e… ficou colada ao ganso. Pouco depois chegou a irmã do meio, com a intenção de afastar a irmã do ganso. Toca nele e fica presa. A terceira irmã também ficou agarrada às outras quando as tentou ajudar a soltarem-se.
O João tinha que partir para continuar a sua longa jornada, meteu o ganso debaixo do braço e foi, sem se preocupar com as três raparigas que iam atrás dele, seguindo-o pelo caminho. No meio do caminho, todos os que tentavam ajudar as irmãs a soltarem-se, ficavam presos. Era grande a comitiva e muito cómica.
Já na cidade, uma senhora disse ao João:
- A filha do rei é formosa mas muito triste. Nada a faz rir e o rei prometeu dá-la em casamento a quem conseguir um sorriso dela. Vai tentar a tua sorte com essa estranha procissão.
Mal a princesa reparou nas raparigas e homens agarrados a um ganso, achou a cena bastante engraçada e desatou às gargalhadas. O riso da princesa era lindo e cristalino!
O rei não quis cumprir a palavra dada quando viu o João. A princesa não podia casar com um rapaz tão desajeitado e pobre. Deu-lhe três provas dificílimas de superar.
O João tinha que arranjar um homem que bebesse todo o vinho da adega real. A prova foi superada.
Na segunda prova alguém teria que comer mil sacos de pão e, mais uma vez, um gigante muito magro e muito esfomeado comeu todo o pão.
A terceira prova era a mais difícil. Era necessário arranjar um veículo que andasse tanto na terra como na água. Com a ajuda o gnomo o João venceu todas as dificuldades e a cerimónia de casamento realizou-se um mês depois.
A viagem de núpcias foi feita neste veículo.
A princesa nunca mais deixou de sorrir… Foi feliz para sempre.

Texto colectivo do 4.º - 3.ª da turma da professora Patrícia

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